Os balanços trimestrais dos bancos divulgados recentemente mostram ‘um forte contraste’ entre as instituições financeiras brasileiras e a estrangeiras, afirma uma reportagem do ‘Financial Times’.

Com o título ‘Bancos do Brasil ofuscam rivais globais’, o texto discute a possibilidade de haver uma bolha em formação no País, apresentando argumentos a favor e contra essa hipótese. Ao final, os contrários prevalecem na reportagem.

Vale dizer que o entrevistado mais citado é um banqueiro, André Esteves, do BTG Pactual.

Sobre a hipótese de bolha, o jornal afirma que:

. O volume de empréstimos não pagos ou com perspectivas de não serem pagos aumentou em relação aos empréstinos totais. No Itaú, por exemplo, passou de 4,5% para 4,7%. Banqueiros, no entanto, argumentam que a variação desse percentual é cíclica e já se estabilizou.

. O crédito ao setor privado está crescendo rápido. Em 2002, os empréstimos correspondiam a 26% do PIB (produto interno bruto); hoje, a 47%. Mas a maior parte do crescimento desse crédito está em categorias consideradas mais seguras: crédito imobiliário, financiamento de imóveis e empréstimos consignados.

. Nos Estados Unidos, a bolha decorreu da inundação de crédito barato na economia. Já no Brasil, o crédito é caro, com uma das taxas de juros mais altas do mundo. ‘Isso é um limite natural sobre quanto os consumidores conseguem tomar emprestado’, diz o ‘FT’.

. A taxa de inadimplência em setembro atingiu 6,8%, nível mais alto em 15 meses.

Regulação conservadora

O jornal explica que o histórico de crises financeiras levou o Brasil a adotar regras ‘altamente conservadoras’ para os bancos, limitando a possibilidade de criar um ambiente propício para formação de bolhas como a que ocorreu nos EUA. ‘Reformas ao longo dos últimos 20 anos parecem estar dando retorno ao setor’, afirma.

Ainda, o diário escreve que grande parte dos analistas acredita que ‘os bancos brasileiros ainda estão bem capitalizados e lucrativos’.

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